terça-feira, dezembro 07, 2010

PE: ABASTECIMENTO DE GÁS NO AGRESTE GANHA SOLUÇÃO ECOLÓGICA

Obter lenha pode deixar de ser um problema com a chegada do biogestor, que transforma matéria orgânica em gás de cozinha. A tecnologia é simples e barata e está sendo instalada gratuitamente por voluntários.

Uma forma diferente de produzir gás de cozinha está se espalhando pelo interior de Pernambuco. E essa tecnologia protege o meio ambiente e também o dinheiro dos moradores das áreas rurais.


No agreste de Pernambuco é preciso ir cada vez mais longe atrás de lenha para cozinhar.


Uma agricultora de Tacaimbó segue de carroça atrás dos galhos que vão virar carvão. “Tem muita gente desmatando, aí tem pouca mata aqui ao redor já”, informou uma mulher.


A golpes de machado, os agricultores derrubam as árvores. Com o desmatamento da caatinga, conseguir lenha está cada vez mais difícil. “Eu compro lenha”, contou uma senhora.


Uma tecnologia simples, barata e fácil de implantar nas áreas rurais de todo o país pode representar uma trégua para a natureza e uma economia para os agricultores. É o biodigestor, que garante a produção de gás de cozinha com uma matéria-prima que não falta por lá: esterco animal.


“A partir do momento que você instala um biodigestor para uma família, ela não vai mais ter necessidade de cortar a madeira, cortar o graveto, ou seja, fazer o carvão”, explicou Joseildo Felizário dos Santos, biólogo da ONG Diaconia.


Dezenas de biodigestores estão sendo instaladas de graça por voluntários. Dentro do equipamento, são colocados o esterco, cascas de frutas e água. Lá acontece o processo de fermentação, uma consequência da ação das bactérias que digerem a matéria orgânica e produzem o biogás.


Seu Sebastião não precisa mais comprar o butijão de gás. Uma economia de cerca de R$ 40 por mês. “Está com um ano e três meses. Nós não compramos mais bujões e não faltou gás”, declarou o agricultor Sebastião José da Silva.


É no fogão que a dona de casa percebe algumas diferenças. O biogás não tem cheiro, ao contrário do gás do butijão, e o fogo é mais intenso, produz mais calor. Por isso, a cozinheira tem que ficar de olho nas panelas para não deixar a comida queimar.


A vida da cozinheira melhorou muito. “Botar café no fogo é 10 minutos. E o feijão é 25 minutos. Antes, era uma hora ou duas. Funciona mesmo”, disse a agricultora Adelina da Silva.
Fonte: Jornal Nacional

3 comentários:

  1. SOMOS DO MATO GROSSO DO SUL E GOSTARIAMOS DE SABER COMO FAZER O BIODIGESTOR DE GAS IGUAL A ESTE DA REPORTAGEM POR FAVOR NOS COMUNIQUEM,OBRIGADO.

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  2. sou de minas gerais e gostaria de ter o projeto todo por favor mande passo a passo para poder fazer a duvida é o que colaca na pota dos cano e dentro da segunda caixa

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  3. Sou do interior de Goiás tenho interesse na planta desse biodigestor. quero instalar um biodigestor no meu sítio. Obrigado pela atenção.

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