terça-feira, junho 30, 2020

EDUCAÇÃO FINANCEIRA : HÁBITOS PARA TER UMA VIDA FINANCEIRA SUSTENTÁVEL


O dinheiro que ganhamos tem um preço na nossa vida, ele vem do tempo que dedicamos a atividades remuneradas, preparação profissional e planejamento. E este planejamento também é importante depois que o dinheiro entra. Para ter uma vida financeira sustentável, é preciso pensar em como gastamos o nosso dinheiro e como investimos o que ganhamos.
Pessoas que conseguem poupar dinheiro normalmente têm um estilo de vida e hábitos que as ajudam a garantir um balanço positivo no final do mês. É preciso disciplina e, algumas vezes, mudanças de atitude. Mas, essas dicas podem te ajudar a garantir uma vida mais rica, em vários sentidos.


COZINHE SUA PRÓPRIA COMIDA

Por que pagar quando Podemos cozinhar nossas próprias refeições, de forma mais saudável e econômica? Ao preparar nossos alimentos Podemos escolher o que mais gostamos, a quantidade correta e ainda preparar e congelar pratos para dias mais corridos. Menos desperdício e mais consciência. Comer fora, só em ocasiões especiais.


PLANEJAMENTO ALIMENTAR

Para não precisar cozinhar todos os dias e poder dedicar o seu tempo a outras atividades a dica é planejar sua alimentação por períodos de 3 a 4 dias ou até uma semana. Com isso, otimiza-se o tempo que dedicamos a esta atividade, as compras e uso dos ingredientes e a escolha por produtos da época, que normalmente são mais baratos, precisam de menos agrotóxicos e estão mais frescos.


100% DE APROVEITAMENTO

Aquilo que compramos pode ser aproveitado até o final. Isso vale para a pasta de dentes, vidro de azeite, produtos de beleza, alimentos e produtos de limpeza. Antes de descartar as embalagens, certifique-se de que usou tudo o que estava dentro delas.  


COMPRE USADO

Antes de pagar por um produto novo, vale conferir se não existe a possibilidade de encontrar exatamente a mesma coisa em sites de trocas ou de produtos de segunda mão. Às vezes vale mais a pena comprar uma boa peça de brechó do que uma roupa emu ma loja de departamento. O mesmo vale para eletrodomésticos, que muitas vezes são vendidos por seus antigos donos em ótimo estado, e por um preço bem menor. Produtos usados em bom estado são uma compra mais vantajosa.


ESCOLHA QUALIDADE

Valorize a qualidade na hora da compra. Mesmo que custe um pouco mais caro, itens com boa qualidade duram muito mais – e você não precisa comprar por um bom tempo. A qualidade sobrevive a modismos.


CONSERTE ANTES DE TROCAR

Quebrou? Antes de jogar fora, pense em como consertar. Arrumar um produto normalmente é mais barato do que comprar um novo. As marcas normalmente têm serviços autorizados. Vale a pena checar sempre a garantia e, se possível, estender este benefício na hora da compra.

VALORIZE SUA ROTINA

Muita gente acaba perdendo tempo e dinheiro com rotinas que não são assim tão essenciais, como visitas semanais ao salão de beleza ou ao lava-rápido, por exemplo. Antes de incorporar uma atividade à sua rotina, questione a real importância do que você está fazendo, muitas vezes por hábito.
Uma vida mais simples garante mais tempo e equilíbrio. A mesma regra vale para roupas: uma peça clássica e de boa qualidade te poupa muitas visitas às lojas atrás da última moda.  


CURTA A SUA CASA

Ao invés de sair por aí, que tal fazer da sua casa um local perfeito para passar seus dias e estar com amigos? Passear e estar ao ar livre é ótimo, mas quando ficamos em casa economizamos com transporte, alimentação, poupamos nosso tempo e Podemos estar mais à vontade.


CONFIRA A AGENDA DA SUA CIDADE

Muitas cidades oferecem atividades gratuitas muito bacanas, como shows, festivais de cinema, parques para passar o dia, bibliotecas e exposições. Acompanhe as novidades e aproveite para se diverter sem gastar muito.


MENOS É MAIS

Uma casa menor, com menos coisas para cuidar, limpar e arrumar pode ser libertador. Além disso, o dinheiro que você deixa de gastar com a casa, pode ser aplicado para outras possibilidades.


COMPARTILHE EXPERIÊNCIAS

Estar com pessoas que compartilham da sua opção por um modo de vida mais simples te ajuda a manter atitudes financeiramente sustentáveis mesmo em grupo. Converse com quem consegue manter a qualidade de vida sem gastar dinheiro, troque dicas e compartilhe experiências.


INFORME-SE SOBRE DINHEIRO

Conhecer boas opções de investimento, acompanhar ons indicadores econômicos e pedir conselhos a especialistas pode ter ajudar a fazer o dinheiro que você poupa render mais.


PENSE A LONGO PRAZO

Não limite suas contas ao próximo mês. Pense no que quer alcançar no próximo ano o una próxima década. Isso permite um planejamento mais estimulante, com objetivos maiores, e te ajuda a enfrentar momentos de crise. Uma visão mais ampla é importante para manter a disciplina e colocar as coisas na balança.


OLHE PARA AS SUAS POSSIBILIDADES

Não gaste mais do que pode pagar. Está é uma regra básica, mas muitas vezes difícil de manter, especialmente quando somos seduzidos por promoções ou ofertas de crédito. Mas é importante fazer as contas e ter em mente o quanto você tem disponível para cada momento. Isso te ajuda a fugir de compras por impulso e de dívidas no futuro.


COMPRE NO ATACADO

Pode parecer um contrassenso, mas comprar em grandes quantidades faz parte dos hábitos de pessoas que economizam. Isso porque o valor pago por unidade acaba caindo e você economiza também nas outras etapas que envolvem a compra como ir até o Mercado, estacionar e também gastar seu tempo. Vale lembrar que nestes casos é importante prestar atenção ao prazo de validade dos produtos.
Clubes de descontos e liquidações também são bem vindos, desde que a compra seja realmente necessária.

Fonte: Natasha Olsen
 

VEXAME: DECOTELLI ENTREGA CARTA DE DEMISSÃO


Cinco dias depois de ter sido nomeado, o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro.

Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não tinha anunciado oficialmente a saída do ministro nem o nome do substituto. Decotelli foi o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro — o primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de três meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses.

No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro. Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue a Bolsonaro e disse que Decotelli está "visivelmente abalado com essa situação”.

Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo.
Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda-feira, o presidente já dava como insustentável a situação dele.

Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações.

São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:
- denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
 declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
- e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.

Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.

Fonte: G1

NOVO VÍRUS: GRIPE COM 'POTENCIAL PANDÊMICO' É ENCONTRADO NA CHINA


Uma nova cepa do vírus da gripe com potencial de causar uma pandemia foi identificada na China, segundo um novo estudo.

Essa linhagem surgiu recentemente e tem os porcos como hospedeiros, mas pode infectar seres humanos, dizem os autores da pesquisa.

Os cientistas estão preocupados com o fato de que ela poderia sofrer uma mutação ainda maior e se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e desencadear assim um surto global.
Eles dizem que a cepa tem "todas as características" de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.

Como se trata de uma nova linhagem do vírus influenza, que causa a gripe, as pessoas podem ter pouca ou nenhuma imunidade a ela.

AMEAÇA PANDÊMICA

Uma nova cepa do influenza está entre as principais ameaças que os especialistas estão monitorando, mesmo enquanto o mundo ainda tenta acabar com a atual pandemia do novo coronavírus.

A última gripe pandêmica que o mundo enfrentou, o surto de gripe suína de 2009 que começou no México, foi menos mortal do que se temia inicialmente, principalmente porque muitas pessoas mais velhas tinham alguma imunidade a ela, provavelmente por causa de sua semelhança com outros vírus da gripe que circulavam anos antes.

O vírus da gripe suína, chamado A/H1N1pdm09, agora é combatido pela vacina contra a gripe que é aplicada anualmente para garantir que as pessoas estejam protegidas.

A nova cepa de gripe identificada na China é semelhante à da gripe suína de 2009, mas com algumas mudanças.

Até o momento, não representou uma grande ameaça, mas o professor Kin-Chow Chang e colegas que o estudam dizem que devemos ficar de olho nele.



QUAL É O PERIGO?

O vírus, que os pesquisadores chamam de G4 EA H1N1, pode crescer e se multiplicar nas células que revestem as vias aéreas humanas.

Eles descobriram evidências de infecção recente em pessoas que trabalhavam em matadouros e na indústria suína na China.

As vacinas contra a gripe atuais não parecem proteger contra isso, embora possam ser adaptadas para isso, se necessário.

Kin-Chow Chang, que trabalha na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, disse à BBC: "No momento estamos distraídos com o coronavírus e com razão. Mas não devemos perder de vista novos vírus potencialmente perigosos".

Embora esse novo vírus não seja um problema imediato, ele diz: "Não devemos ignorá-lo".

Os cientistas escrevem na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências britânica, que medidas para controlar o vírus em porcos e monitorar de perto as populações trabalhadoras devem ser rapidamente implementadas.

O professor James Wood, chefe do Departamento de Medicina.

Fonte: BBC News 

6 MESES COM O NOVO CORONAVÍRUS: O QUE JÁ SABEMOS E O QUE AINDA É INCERTO?


Quase seis meses depois do alerta para a circulação do vírus, emitido em 31 de dezembro pela OMS, parte daquilo que era suposto sobre a COVID-19 mudou, enquanto a prática e as pesquisas consolidaram o que já se sabe e apontam para aspectos ainda incertos.

Abaixo, o G1 compila o que a medicina aponta sobre:

Transmissão: a importância dos contatos pessoais, mais que superfícies

 Prevenção: máscaras viram objeto obrigatório previsto em lei

 Sintomas: nem sempre febre ou tosse definem, há muito mais a analisar

 Imunidade: anticorpos são produzidos, mas serão duradouros?

 Tratamentos: ainda não há remédio, mas a ciência reage

 Grupos de risco: idosos e doentes mais vulneráveis, mas não somente eles

TRANSMISSÃO


O QUE SE PENSAVA:

No início, a transmissão de pessoa a pessoa foi apontada como a principal forma: era divulgado que gotículas contaminadas expelidas pela tosse ou espirro precisavam viajar até ter contato com uma mucosa (olho, boca ou nariz) de outra pessoa. Pouco era conhecido sobre transmissão por "aerossol", gotículas microscópicas suspensas no ar.
Em contrapartida, era grande o destaque sobre o impacto do contato com superfícies contaminadas na transmissão, mas já havia dúvida em relação à quanto tempo o vírus sobreviveria sobre os materiais e qual a “carga viral” necessária para infectar uma pessoa.

O QUE SABEMOS:

A transmissão pessoa por pessoa é o ponto chave. A constatação levou a práticas de isolamento social e à adoção de máscaras. O risco ainda persiste se houver superfícies contaminadas, mas o tempo de permanência é variável e o sol pode ajudar a reduzi a quantidade de vírus nos materiais.


Pesquisas comprovaram a importância da transmissão por "aerossol", gotículas microscópicas suspensas no ar, sobretudo em ambientes fechados como escritórios, bares e templos, locais onde as pessoas falam com proximidade e por longos períodos.

"Hoje, o que sabemos, o que a realidade nos ensinou, é que a transmissão é majoritariamente e fundamentalmente pela via respiratória por gotículas. A transmissão por contato de superfícies é secundária", diz o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Aeroporto, Antônio Carlos Bandeira.

O QUE FALTA SABER:

Ainda é avaliada qual a capacidade de transmissão do vírus em ambientes externos e qual é a quantidade de concentração do material genético do vírus capaz de infectar humanos. Bandeira apresentou um dilema ainda enfrentado por pesquisadores: quanto tempo um indivíduo infectado efetivamente transmite.

"Você encontra a presença (do vírus) em pessoas até 30 dias depois", explicou o infectologista. "Está se formando um consenso de que a transmissão se faz até o décimo, décimo-quarto dia mesmo que tenha o teste de RT-PCR depois disso."

PREVENÇÃO


O QUE SE PENSAVA:

As primeiras dicas de prevenção envolviam principalmente evitar tocar superfícies e contar que pessoas no entorno cobrisse a boca ao tossir e espirras. O lockdown imposto em cidades da China viraram estratégia. Em um primeiro momento, os países ocidentais não tomaram como regra a adoção de máscaras, sobretudo a partir do argumento defendido pela OMS de que esse artigo deveria ser preservado para uso de profissionais de saúde e pessoas com sintomas.

“O modelo que eu sigo, é o modelo da Coreia do Sul. Falo em usar máscaras desde o início. Como trabalho há muitos anos com doenças transmissíveis, já falava nisso. De fato se demorou muito para abordar recomendações que são muito corretas.” - Margareth Dalcomo

O QUE SABEMOS:

Desde o fim de março o Ministério da Saúde sinalizou que as máscaras deveriam ser usadas por toda população, e não somente por quem tem sintomas. A produção caseria foi incentivada, para que não houvesse disputa pelos artigos que devem ser usados pelos médicos.

"Se produziu um movimento generalizado de máscaras e a gente vê hoje saindo trabalhos mostrando que o uso de máscara pela população, mesmo de pano, mas idealmente com 2, 3 camadas se for feito de forma universal pode ter impacto muito grande junto com distanciamento e a higienização das mãos na redução significativa das transmissões” - Antônio Carlos Bandeira, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Aeroporto

O QUE FALTA SABER:

O uso correto da máscara ainda não é colocado em prática pela população. Cobrir completamente a boca e o nariz é essencial para a proteção. A máscara funciona como uma barreira: quem já estiver contaminado não vai espalhar gotículas com o vírus ao falar, tossir ou espirrar, por exemplo. Daí vem a importância de jamais deixar os lábios e as narinas expostos.

SINTOMAS


O QUE SE PENSAVA:

Desde o primeiro caso notificado na atual pandemia de Covid-19, os principais sintomas atribuídos à doença são tosse seca persistente, febre e cansaço. Mas essa lista aumentou durante os meses e outras formas de expressão da doença foram registradas em pacientes de todo o mundo.

O QUE SABEMOS:

Sabemos hoje que a e febre e tosse não são onipresentes em todos os pacientes diagnosticados com a infecção pelo Sars-Cov-2 e que, além de outros sintomas terem surgido, em muitos casos esses sintomas gripais não surgem nos quadros que acabaram se agravando.

Considerar a febre como sintoma universal para a Covid-19 foi uma decisão "completamente equivocada" das autoridades sanitárias, avalia infectologista Antônio Carlos Bandeira. "Grande parte é assintomática ou com sintomas variados que não incluem a febre. Um grande percentual, talvez a imensa maioria, não tenha febre", disse Bandeira. assintomática ou com sintomas variados que não incluem a febre. Um grande percentual, talvez a imensa maioria, não tenha febre", disse Bandeira.


A pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, lembra que muitos paciente morreram, sem que se tivesse claro o porquê, por fenômenos vasculares como trombose e embolia.

"Esta é uma doença de comportamento sindrômico, uma delas é a pneumonia, mas a doença já se mostrava profundamente trombogênica, ela não ficava localizada no pulmão apenas", disse Dalcolmo.

Alexandre Naime, infectologista, explicou que a lista de sintomas se estendeu com o tempo e que pacientes podem expressar um resfriado leve, perda de olfato e do paladar, e dor de garganta. Ele também apontou para o aparecimento de "condições anômalas", como infarto, AVC, alteração de comportamento, fenômenos tromboembólicos, com necrose da ponta dos dedos.

"Não é uma doença exclusivamente respiratória ou pulmonar, é sistêmica", disse Naime. "O mais comum é a síndrome gripal, ou a síndrome respiratória aguda grave, que é quando acontece a pneumonia para a Covid."

O QUE FALTA SABER:

O infectologista Alexandre Naime define a Covid-19 diz que ainda é preciso saber por que a Covid-19 é uma "doença camaleônica". os infectados podem ter diferentes sinais e sintomas, inclusive um dos mistérios da pandemia é o caso de pacientes que não apresentam sintomas ou só os apresentam quando o quadro já se agrava rapidamente.

IMUNIDADE


O QUE SE PENSAVA:

Pesquisadores e autoridades de saúde supunham que recuperados da Covid-19 estariam livres de uma segunda infecção. Houve inclusive a sugestão de se criar um "passaporte de imunidade" em alguns países. "Tudo que se falava de imunidade de rebanho e de passaporte de imunidade eram situações de outras doenças como sarampo, influenza", explicou o infectologista Alexandre Naime

O QUE SABEMOS:

É sabido que a infecção faz o corpo criar anticorpos, que são usados desde em testes sorológicos e até mesmo em terapias alternativas.
O infectologista Antônio Carlos Bandeira avalia que nem todos os pacientes reagem da mesma forma. "Tem vários tipos, pacientes que não fazem conversão", disse Bandeira. "Nesse momento ainda é difícil de entender o porquê será que algumas pessoas produzem essa imunoglobulina especifica para a Covid e outras não."

O QUE FALTA SABER:

A pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, disse que uma das dúvidas entre os cientistas que estudam o vírus é sobre a duração de uma imunização. Ela disse que ainda não se sabe por quanto tempo a produção de anticorpos protege pacientes que já foram infectados.
Já Alexandre Naime comentou que há estudos "bem preliminares" que sugerem a chamada imunização cruzada. Ele explicou que esse tipo de proteção pode acontecer em pessoas infectadas por outros tipos de coronavírus, e já estariam protegidas do Sars-Cov-2.
"Tem alguns lugares que com 5% a 10% da população exposta, não está circulando. Talvez a gente tenha algum grau de imunidade cruzada com vírus da mesma família", disse Naime.

TRATAMENTOS


O QUE SE PENSAVA:

Ainda não há um remédio que cure a Covid-19, mas sim recomendações e tentativas de combater a infecção em pacientes hospitalizados. O uso de fármacos de maneira compassiva ou experimental foi apontado por alguns como soluções milagrosas para a doença.

O QUE SABEMOS:

Antonio Bandeira disse que "continuamos trabalhando no escuro" quando o assunto é tratamento para a Covid-19. "O caminho, nesse momento, do tratamento depende da excelência dos centros médicos", reforçou o especialista.

Segundo ele, é o apoio ventilatório das unidades de tratamento intensivo (UTI) e o cuidado de intensivistas com os pacientes críticos que fazem a diferença neste momento. "Nesse momento não existe droga nenhuma, milagre nenhum que modifique um cuidado mais abrangente", disse bandeira.
A pesquisadora da Fiocruz reforçou que não há nada "suficientemente capaz de curar a Covid-19" até o momento. Dalcolmo disse que durante estes seis meses de epidemia, surgiram fármacos com resultados positivos in vitro que começaram a ser experimentados em tratamentos.

Muitos deles já são avaliados por pesquisas maiores e foram abandonados, é o caso da hidroxicloroquina, que não é recomendada para o tratamento por diversos especialistas (OMS inclusive suspendeu testes). Atualmente há expectativa pelo avanço das pesquisas com corticoides (dexametasona) e antivirais (remdesivir), que tiveram algum efeito na redução da mortalidade e na diminuição das internações em pesquisas iniciais.

O QUE FALTA SABER:

Não se sabe se ou quando teremos um remédio efetivo. Alexandre Naime defendeu que as respostas definitivas aos tratamentos só podem acontecer depois de ensaios clínicos randomizados. Pesquisas mais avançadas com o uso de placebos e medicamentos ativos.
"O que aconteceu foi que muitos estudos com metodologia péssima, e muitas vezes nem estudos, experiências de boca própria foram tomados como verdade", disse o especialista. "Enquanto não acabarem os estudos, não vamos dizer o que funciona e o que não funciona. Nós temos que aguardar a resposta final dos estudos, ciência não se faz do dia para a noite."

GRUPO DE RISCO


O QUE SE PENSAVA:

Em um primeiro, sobretudo depois das análises da mortalidade a China, as maiores preocupações estavam voltadas para os idosos e pessoas com doenças pré-existentes.

O QUE SABEMOS:

É fato que a idade é um dos fatores para aumento do risco de complicações da doença, e homens são mais afetados que mulheres (60%-40%). Mas os pesquisadores foram surpreendidos com o impacto entre pacientes obesos após a epidemia se instaurar na Europa e nos EUA.
"Não sabíamos dos obesos, com o IMC maior que 30, que iam para a UTI", disse Naime. "Grandes estudos americanos mostram que há também a falta de percepção da obesidade, hipertensão, diabetes entre os internados, muitos não sabiam ter comorbidades."

O QUE FALTA SABER:

Os pesquisadores dizem que falta saber porque alguns pacientes reagem de forma mais grave que outros ao ser infectado pela Covid-19. Além disso, o surgimento de uma síndrome associada à Covid que afeta crianças despertou um alerta para cientistas.

Fonte: G1

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