quarta-feira, setembro 08, 2010

MORADORES DA APA DO ITAPIRACÓ VIVEM À MODA RURAL NO MEIO DE SÃO LUÍS

Agricultores e criadores convivem entre bucólico ambiente e as agressões do homem à natureza com poluentes.

As ruas da Horta e São Pedro situam-se entre Turu, Cohatrac, estrada da Maioba e Parque Vitória, mas nelas não se vê asfalto, trânsito intenso de automóveis e o som ambiente não se compõem nem de buzinas nem daquela mescla de publicidade com corpos caminhando apressados - que é, afinal, o que dá o tom comum das principais vias de São Luís. Apenas o rumorejar de árvores, interrompido de vez em vez pelo cacarejar de alguma galinha atrasada em seu anúncio matinal, constitui o invólucro acústico que isola 55 famílias do que se passa ao redor, feito fosse um pequeno município interiorano que se instalasse no interior da capital. Pois as poucas casas de taipa, barro e adobe, a par de outras já de melhor acabamento e com aparência de sítio, que ocupam pequena parcela dos 322 hectares da Área de Preservação Ambiental (APA) do Itapiracó, pertencem a pessoas cuja relação com a terra, o mato e o bicho destoam por completo do perfil do cidadão citadino.

Em 1997, quando, por deliberação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), foi tornada uma APA, a reserva do Itapiracó já abrigava famílias ali estabelecidas há décadas, com filhos já homens que lá nasceram e nem mais se recordavam de quando seus pais haviam se estabelecido na área. Ainda sendo de posse da união, embora gerenciada estadualmente pela Sema, a reserva permaneceu com seus antigos moradores e descendentes, porquanto tenha sido vedada a entrada de novos vizinhos. A vegetação abundante – cedros, pés de castanha do Pará, cajueiros, guanandis, até um simbólico pé de pau-brasil, além de macacos e jacarés dando as caras esporadicamente – foi preservada, ainda que expressiva parte da área original (estimada em 400 hectares) tenha sido perdida. "Houve de fato uma ocupação de áreas, o que trouxe impactos. Mas a grande maioria das pessoas que residem no terreno que continua sendo da reserva estão aqui há mais de 30 anos. Elas sabem cuidar da área", afirma Elizângela França, coordenadora administrativa da APA do Itapiracó.
Fonte: Ronald Robson

2 comentários:

  1. SOS APA - ITAPIRACÓ. RIO ASSOLADO POR LIXÕES, AGRESSÕES E TRANSGRESSÕES À RESERVA!

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  2. MORO NO PARQUE VITÓRIA E FAÇO CAMINHADA NA APA DO ITAPIRACÓ, QUE JÁ NÃO ESTÁ TÃO PRESERVADA ASSIM. RODEADA DE LOTEAMENTOS, BOMBARDEADA POR LIXÕES, O RIO QUE LEVA O MESMO NOME É ASSOREADO TAMBÉM POR LIXOS, É DE DAR DOR, O MAL CHEIRO EM VOLTA DO RIO É DE MATAR QUEM PRECISA PASSAR PARA IR A RESERVA. AGORA MESMO FOI AUTORIZADO UMA REVITALIZAÇÃO E IRÁ ABRIR NOVAS TRILHAS, LAGOA ARTIFICIAIS, ACADEMIAS DE GINÁSTICAS, EM FIM TÃO DESMATANDO MUITO. ACHO QUE PRECISA SER FISCALIZADA ESSA OBRA! A QUEM IRÁ BENEFICIAR??? O RIO É PRECISA SER DRAGADO PARA LIMPEZA E APROFUNDAMENTO PARA QUE VOLTE A TER A VIDA DE ANTES. PEÇO SOS A APA!!!

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