A relação entre escolhas alimentares corretas e prevenção de doenças já está bastante demonstrada. E quando falamos de escolhas corretas, normalmente, a gordura é logo apontada como a vilã do cardápio, mas será que ela é mesmo a vilã?
Não é possível viver sem ingerir gordura. Elas são importantes fontes de energia para o corpo humano. Além de terem papel fundamental no crescimento e restauração das células e para o transporte e absorção de algumas vitaminas.
Mas vale saber que temos que optar pelo tipo saudável de gordura, as chamadas de insaturadas.
As gorduras insaturadas são de origem vegetal e em temperatura ambiente são líquidas. Bons exemplos são os óleos de soja, oliva, linhaça, gergelim, sacha inchi. A gordura de peixe também, apesar de não ser de origem vegetal.
Já as gorduras saturadas, que devem ser consumidas com moderação, são de origem animal. São sólidas à temperatura ambiente e são encontradas em derivados do leite, como queijo e manteiga, e em produtos de origem animal, como carne vermelha e bacon. Estas, se consumidas em excesso, são prejudiciais à saúde.
A ingestão de grandes quantidades de gorduras predispõe ao acumulo de gordura entre as vísceras, o que aumenta o risco de infarto, AVC e diabetes.
As pesquisas comprovam o papel protetor do consumo das gorduras insaturadas. Elas mostram que a ingestão de gorduras insaturadas diminui o risco de doença cardiovascular.
Porém outro vilão vem sendo demonstrado nestes estudos, o açúcar. Os resultados mostram que se o consumo de gorduras insaturadas diminui o risco de doenças cardiovasculares, o alto consumo de açúcar está associado a um maior risco de doença do coração e infarto.
Os estudos demonstram que o verdadeiro vilão da alimentação é o açúcar. A ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico, como o açúcar, os pães e cereais refinados foi associada à maior risco de doença coronariana.
Além de aumentar o risco de doenças do coração, o consumo de açúcar acidifica o sangue o que pode causar descalcificação e desmineralização de ossos aumentando o risco de osteoporose. Desta forma, o açúcar não deve ser considerado um alimento, mas sim um antinutriente.
O consumo excessivo de açúcar também nos predispõe ao diabetes. Ao consumirmos açúcar em excesso, produzimos muita insulina o que cria resistência à ação da insulina e o surgimento de diabetes.
O açúcar deve ser substituído pelo consumo de cereais integrais, ricos em fibras. O consumo destes alimentos associados ao de gorduras insaturadas estão relacionados a proteção contra diabetes e infarto.
Ou seja, para uma alimentação saudável, que gere bem-estar e qualidade de vida devemos priorizar o consumo de cereais integrais, os óleos vegetais, frutas, verduras e legumes e evitar o consumo de alimentos refinados, industrializados, ricos em açúcares e gorduras saturadas.
Fonte: Flávia Morais
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