A
pouco mais de um ano e meio da partida de abertura da Copa do Mundo, pesquisa DATAFOLHA
(fonte) mostra que 76% dos entrevistados acreditam que há corrupção nas obras
do torneio.
Segurança nas ruas é a maior
preocupação do brasileiro para a Copa, diz Datafolha
Apesar do número elevado de pessoas que
afirmam que há desvio de recursos públicos, 90% dizem que consideram o Mundial
importante para o país (70% pensam que será muito importante, e 20%, um pouco
importante).
A pesquisa Datafolha ouviu 2.588
pessoas em 160 municípios no dia 13 de dezembro. A margem de erro é de dois
pontos percentuais para mais ou para menos.
A percepção de que existe corrupção nas
obras da Copa aumenta conforme o grau de escolaridade do pesquisado.
Entre
os que possuem o ensino fundamental, 68% acham que está havendo mau uso de
dinheiro público.
O percentual sobe para 81% entre os
quem têm o ensino médio e para 89% para quem cursou ensino superior.
A ideia de corrupção é menor entre os
que têm com renda familiar mais baixa. Na faixa de até dois salários mínimos, o
percentual chega a 70%. Sobe para 82% entre os que ganham entre dois e cinco
salários e mais oito pontos percentuais no intervalo entre cinco e dez
salários.
Na faixa acima de dez salários mínimos,
o percentual é pouco menor: 87%.
O número dos que dizem não acreditar em
corrupção (9%) é menor dos que responderam não saber (15%).
Para a maioria dos entrevistados (59%),
o nível de corrupção nas obras da Copa é igual ao de outras públicas.
Além
de ser o maior financiador da Copa, por meio de obras de infraestrutura e
empréstimos do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), o governo federal injetará verba
diretamente no Mundial.
Já foram compradas cotas de patrocínio
nacional, medida que vai na contramão do que o governo sinalizava, de que não
haveria injeção de dinheiro público diretamente.
Apesar de a maioria afirmar que acha a
Copa importante para o Brasil, apenas 50% se declarou muito interessada pela
competição.
Ainda assim, o índice é maior dos que
declaram ter muito interesse por futebol (35%). Outros 34% tem um pouco de
interesse.
Para 11%, o torneio não será nada
importante. O índice é maior entre os mais velhos (acima de 60 anos), com 18%.
Em um outro aspecto de percepção de
importância, 43% acreditam que a Copa será pessoalmente muito importante. Esse
valor cai gradativamente conforme avança a idade.
Partindo de 46% para o grupo de16 a24
anos e chegando a 38% para aqueles com 60 anos ou mais.
Os que consideram a Copa nada
importante somam 28%, mesmo percentual dos que acreditam em pouca importância
pessoal.
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