As bacias marítimas maranhenses de Barreirinhas e
Pará-Maranhão, que juntamente com outras três formam a Margem Equatorial, e
terão blocos ofertados na 11a Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já estão despertando interesse por parte
de investidores. O leilão já foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff e
está previsto para maio deste ano.
Uma das empresas que já manifestou interesse em
áreas das bacias da Margem Equatorial foi a Barra Energia, criada por
ex-funcionários da Petrobras e da Repsol e que já tem participação em blocos da
Shell e da OGX, na área do pré-sal da bacia de Santos. “Vamos olhar essa área
com mais atenção, porque é pouquíssima explorada no Brasil, principalmente em
áreas profundas”, afirmou à Folha de São Paulo, o presidente da Barra Energia,
Renato Bertani.
Para o secretário de Estado de Minas e Energia,
Ricardo Guterres, o interesse já demonstrado pela empresa Barra Energia na área
onde estão situadas as bacias maranhenses de Barreirinhas e Pará-Maranhão,
confirma seu potencial petrolífero, que já teve prospecções por parte da
Petrobras, Devon e OGX. A própria ANP afirma que a região tem potencial similar
às de águas profundas em Gana e Costa do Marfim onde ocorrem grandes
descobertas de óleo.
A confirmação do leilão para maio deste ano e o
interesse de empresas nessas três bacias maranhenses, segundo Guterres, é
importante para o Maranhão, pois além de colocar o estado em definitivo no mapa
petrolífero brasileiro, trará grandes investimentos eoportunidades de
emprego e renda para a população. “A exploração de petróleo e gás é um dos
setores em que o Governo do Estado tem procurado atrair investimentos,
inclusive já com bons resultados na Bacia do Parnaíba, onde a OGX já está
produzindo gás natural”, assinalou o secretário de Minas e Energia.
Blocos
Na 11a Rodada de Licitações da ANP, o Maranhão terá
52 blocos ofertados, sendo que a Bacia de Barreirinhas terá 26 áreas, enquanto
a Pará-Maranhão terá seis. Já a bacia terrestre do Parnaíba, que deve ser uma
das mais cobiçadas, pela grande reserva de gás natural existente, terá 20
blocos no leilão.
Na Bacia Pará-Maranhão, a Petrobras tem blocos que
foram arrematados em leilõesanteriores,
assim como a OGX, que aguarda licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar campanha de
exploração. A empresa do empresário Eike Batista possui cinco blocos na área,
que foram adquiridos na 9a Rodada de Licitações da ANP.
Já na Bacia de Barreirinhas, aonde já foram
realizadas campanhas exploratórias, a Petrobras detém cinco blocos (BM-BAR-1,
BM-BAR-3, BM-BAR-4 e BM-BAR-5).
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