O principal fator para o bom desempenho brasileiro
está relacionado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar, que abrange todas
as escolas públicas e comunitárias do sistema de ensino básico — incluindo
creches, jardim de infância, ensino fundamental e médio e educação para jovens
adultos — e atinge 47 milhões de estudantes a cada ano. O programa foi lançado
em 1955 e é o segundo maior do mundo em alimentação escolar.
O estudo também ressalta o vínculo entre a
alimentação escolar, a produção de comida e participação da comunidade no país.
Desde 2009, por lei, pelo menos 30% dos recursos transferidos pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação devem ser usados para adquirir
alimentos de agricultores familiares.
O relatório destacou também o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA), outro pilar brasileiro na luta contra a fome e a pobreza,
que promove compras de produtos alimentícios diretamente da agricultura
familiar para os programas alimentares do governo. O PAA ajudou a criar, de
acordo com a ONU, um vínculo entre os pequenos agricultores e as refeições
escolares, barateando os custos da comida e aumentando a disponibilidade de
frutas e vegetais.
O estudo também citou o Centro de Excelência contra
a Fome no Brasil, localizado em Brasília e dedicado à discussão de políticas e
aprendizado Sul-Sul para a alimentação escolar, nutrição e combate à fome e
desnutrição. O centro foi criado em 2011 e é uma parceria entre o PMA e o
governo brasileiro para apoiar soluções sustentáveis contra a fome em países da
África, América Latina e Ásia.
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