A edição do Cine FOCCO do dia
21/02/16, realizada no Condomínio Manacás na Forquilha, contou com a presença
de moradores do local e do Complexo Cohab/Cohatrac. O Filme Lixo Extraordinário
suscitou nos presentes diversos sentimentos, visto as inúmeras temáticas
levantadas serem pertinentes à realidade local. Através da sétima arte foi
documentado pelo artista plástico brasileiro de renome internacional Vik Muniz
e sua equipe de produção, o cotidiano dos catadores de lixo do maior aterro da
América Latina. Localizado na periferia do Rio de Janeiro, o Aterro Jardim
Gramacho é o plano de fundo para a reviravolta nas vidas dos catadores que são
retratados pelo artista.
Ao final do filme a mediadora
Mônica Tôrres, informou que após 34 anos de funcionamento o aterro encerrou
suas atividades em junho de 2012. Tendo esse fechamento sido uma consequência
da instituição da Lei 12.305 de 2010 que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
Fazendo alusão à realidade
local, falou do encerramento do Aterro da Ribeira em julho de 2015, que assim
como no Jardim Gramacho, não se enquadrava aos parâmetros da lei citada. Todos
os resíduos coletados em São Luís, atualmente são destinados ao Centro de
Triagem no Município de Rosário. Foram apreendidas do filme diversas temáticas
para debate. Dentre elas: Meio ambiente no contexto socieconômico; Relação
Capital x Trabalho; Empoderamento Social; A arte como mediadora da transformação
da realidade social; Qual o papel sociológico do filme?; Qual o papel do Poder
Público na visão do filme?; entre outras.
No debate foi suscitado que
assim como em Jardim Gramacho o poder se fez ausente, acontece também na
realidade do Condomínio Maracás onde o único serviço básico existente é o de
coleta de resíduos. No debate alguns já conseguiram vislumbrar o Manacás com
uma coleta seletiva integrada entre os blocos de apartamento.
Também foi pontuada a beleza da arte como poder transformador da realidade social, sendo ressaltado que os catadores não entendiam a arte por falta de conhecimento, mas assim que a desvendaram, passaram a entender sua grandeza trazendo a tona em suas mentes o desejo de deixar a vida de catador. Passaram a se ver como verdadeiras obras de artes, se enxergando como participantes de algo maior, que vai além do lixão, lugar que não queriam mais voltar.
Também foi pontuada a beleza da arte como poder transformador da realidade social, sendo ressaltado que os catadores não entendiam a arte por falta de conhecimento, mas assim que a desvendaram, passaram a entender sua grandeza trazendo a tona em suas mentes o desejo de deixar a vida de catador. Passaram a se ver como verdadeiras obras de artes, se enxergando como participantes de algo maior, que vai além do lixão, lugar que não queriam mais voltar.
O empoderamento social foi
suscitado como meio chave para mudança da realidade social que se está
inserido, visto que ele é o despertar do indivíduo para uma consciência
coletiva. Foi dado como exemplo o FOCCO - Fórum Comunitário do Complexo
Cohab/Cohatrac, que reuni indivíduos com anseios que perpassam a plano
individual. O empoderamento social como meio de superar a dependência social e
dominação política, transformando o cidadão como sujeito ativo do seu destino e
consequentemente do meio em que está inserido.
Ao fim das temáticas levantadas
houve o sorteio de dois prêmios e um coffee break para os presentes.
Mônica Torres – técnica
ambiental e estudante de direito.
Fonte: Mestra Dorian
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