Um
estudante da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, criou uma espécie de
microgeladeira de vacinas que tem o potencial de salvar 1,5 milhão de vidas por
ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Criado
por William Broadway (foto ao lado), o aparelho, que de tão pequeno pode ser
carregado na mochila, lhe rendeu uma vaga entre os finalistas de um dos prêmios
de tecnologia mais prestigiados do mundo, o James Dyson 2016, organizado pela
instituição homônima para incentivar jovens designers a solucionar problemas
cotidianos.
Vacinas
precisam ser mantidas entre 2º e 8ºC para serem eficazes. E o refrigerador
criado por Broadway consegue manter essa temperatura de forma constante por 30
dias. O Isobar também poderia ser usado para proteger órgãos doados,
transplantes de sangue e células-tronco.
"Nenhum
problema é grande demais, e muitas vezes, as soluções mais simples são as
melhores", disse certa vez James Dyson, o engenheiro britânico que
inventou do primeiro aspirador de pó sem saco coletor.
Broadway
teve ideia semelhante ao desenvolver o conceito por trás do Isobar. A invenção
não é especialmente complexa, mas graças ao enfoque prático poderia solucionar
um problema que causa milhares de mortes por ano: o risco de que as vacinas não
cheguem ao seu destino a tempo em países em desenvolvimento.
"As
vacinas chegam quase até o fim do caminho, mas, no último quilômetro, os canais
de distribuição e logística se rompem", afirmou Broadway.
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Como funciona?
Dessa
forma, quando as duas substâncias se misturam novamente, obtém-se o efeito
refrigerador.
"Chama-se
(efeito) higroscópico, e proporciona uma refrigeração muito potente",
disse Broadway.
O efeito também
faz com que a temperatura fique estável, o que é uma característica fundamental
da invenção.
Como surgiu a ideia?
Broadway
conta que teve a ideia para a criação do Isobar durante uma viagem para surfar
no México.
"Durante
a viagem de cinco dias, tínhamos 13 quilos de gelo. E pensei: será que existem
alguma forma que nos permita utilizar essa energia de maneira adequada?".
Foi então
que ele passou a analisar métodos de refrigeração antigos e descobriu um deles,
usado por agricultores rurais sem acesso a eletricidade. "Foi aí que
surgiu a ideia", disse.
Qual é o modelo de negócio?
Broadway
está orgulhoso de sua criação, mas não quer criar uma patente.
"Sinceramente,
não tenho interesses comerciais pessoais", afirmou.
Ele
recebeu mais de US$ 2,6 mil (R$ 8,6 mil) para fabricar os primeiros protótipos,
e no próximo dia 26 de outubro vai competir com os demais finalistas do Dyson
pelo prêmio internacional, avaliado em US$ 40 mil (cerca de R$ 130 mil).
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"Ganhar
o prêmio me daria confiança para desenvolver minha invenção. E poderia ter um
grande impacto e beneficiar milhares de pessoas", afirmou.
Um dos
jurados da competição, o empreendedor Jack Lang, afirmou que o Isobar "é
uma invenção brilhante e resolve um problema real", além de ser "um
sistema completo e muito bem pensado".
Fonte: BOL
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