Uma
imensa rachadura em uma das cinco maiores blocos de gelo da
antártica está se movendo rapidamente e, em “dias, horas ou semanas” pode
originar um gigantesco iceberg, a largura da fenda na plataforma de gelo “LARSEN
C” está aumentando mais de 10 metros por dia – a velocidade triplicou
entre 24 e 27 de junho, período analisado pelos pesquisadores. As últimas observações feitas pelos cientistas do PROJETO
MIDAS, da Universidade de Swansea, no País de Gales, que monitora a rachadura
por meio de imagens de satélites e radares, não cobrem o comprimento da
fissura, que tem se mantido relativamente estável em 175 quilômetros de
comprimento. De acordo com os pesquisadores, apenas 13 quilômetros de gelo
mantêm o bloco de 5.000 quilômetros quadrados, área equivalente a do Distrito
Federal, preso à plataforma. Quando se romper, a fenda deve criar um dos
dez maiores icebergs do mundo.
Segundo os
cientistas, o desprendimento do bloco de gelo irá mudar fundamentalmente a
paisagem da Antártica, e a nova configuração ambiental será menos estável. Como o bloco de gelo flutuará, não deve causar
aumento no nível dos oceanos. Ainda assim, futuras rupturas em decorrência
desse desprendimento podem levar ao descongelamento de geleiras e, como a água
dessas últimas são integradas aos mares, ao consequente aumento do nível
oceânico.
Nos últimos meses, no entanto, passaram a observá-la com atenção em
razão do aumento expressivo da fenda. Segundo os cientistas, a fissura que pode
levar à ruptura do iceberg não é derivada das mudanças climáticas, mas um
fenômeno geográfico. É possível que as mudanças climáticas tenham antecipado o
rompimento, mas, provavelmente, não são a causa central do fenômeno.
Fonte: Veja
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