Dilton Carvalho
(Dir. Adm. COMEFC)
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O Brasil enfrenta, com
rápido envelhecimento da população, um dos maiores desafios de sua história,
comparável com os dilemas impostos pela industrialização e urbanização
acelerada, e semelhante, na magnitude dos números, ao esforço exigido para
promover a universalização da saúde e da educação.
A particularidade desse
desafio está no fato de que a mudança demográfica em curso não pode ser
alterada por metas e programas de governo nem depende da intenção de qualquer
grupo social. O encurtamento da base e o alargamento do topo da pirâmide
populacional compõem um fenômeno que seguirá seu curso, a passos firmes e
determinados, até que, por volta de 2050, o número de brasileiros com mais de
60 anos terá saltado dos atuais 24 milhões para 66 milhões.
E o mas grave é que o
Brasil não está preparado para essas transformações. Os gestores públicos
começam a se mover lentamente nessa direção, enquanto a sociedade Civil parecer
não acreditar no problema. As famílias administram como podem a maior
longevidade de seus pais e avós, mas a verdade é que não estamos criando as
estruturas necessárias para lidar com grandes números associados ao
envelhecimento da população
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