Substâncias perigosas como cádmio
e mercúrio estão presentes em computadores, celulares, lâmpadas fluorescentes e
outros eletroeletrônicos e podem causar danos à saúde dos usuários desses
equipamentos e ao meio ambiente, se não manuseados ou descartados de forma
correta.
Após uma série de encontros realizados neste ano, o último deles promovido nessa segunda-feira (25/9), em Brasília, o Grupo de Trabalho RoHS Brasileira (sigla em inglês para Restrictions of the use of Certain Hazardous Substances), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), concluiu uma proposta de Minuta de Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), estabelecendo restrições ao uso de determinadas substâncias perigosas em equipamentos eletroeletrônicos comercializados no território nacional.
Instituído no âmbito da Comissão Nacional de Segurança Química (Conasq), o GT é formado por 35 representantes de órgãos do governo federal, entidades da sociedade civil e representantes da indústria de eletroeletrônicos, e teve como objetivo debater e propor normativo adequado à realidade nacional. A minuta será agora submetida ao Conama como proposta do MMA, subscrita pela Conasq e pelas instituições que compõem o GT.
RESTRIÇÕES
Entre
as iniciativas do GT, incluídas na minuta, está a restrição do uso nos
equipamentos eletroeletrônicos das substâncias chumbo, cádmio, mercúrio, cromo
hexavalente, polibromato binefil, éter difenil-polibromato e 4 ftalatos.
A
minuta de normativo discutida nesta última reunião do GT é baseada na Diretiva
2011/65/EU, emitida pelo Parlamento e pelo Conselho da União Europeia pela
primeira vez em 2003. Por isso, a proposta já está sendo chamada de "RoHS
brasileira".
Segundo
a analista ambiental Thaianne Resende, do Departamento de Qualidade Ambiental e
Gestão de Resíduos do MMA, o grupo fez um excelente trabalho ao desenvolver uma
proposta consensual entre as entidades que o integram. “A cada debate, o grupo
amadureceu em relação aos conhecimentos iniciais sobre o tema e cresceu em
número de associações representantes do setor de equipamentos
eletroeletrônicos, propiciando uma minuta de Resolução que teve grande
participação do setor e dos reguladores governamentais”, comemorou ela.
A
analista ressaltou ainda que, considerando a necessidade de construir
mecanismos de proteção da saúde humana, incluídos os trabalhadores que atuam na
fabricação, reciclagem e destinação destes equipamentos, e dos consumidores que
utilizam os produtos, bem como do meio ambiente como um todo, se faz necessário
e urgente o desenvolvimento de estratégias nacionais para a gestão adequada
desses produtos.
LEGISLAÇÃO
Fonte: MMA
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