O Banco Santander anunciou nesta terça-feira uma oferta de crédito
para financiar equipamentos de energia solar no Brasil para estimular o
aumento de fontes renováveis. Dirigentes da instituição disseram que serão
desembolsados R$ 1,8 bilhão em créditos para a geração de energia fotovoltaica
até 2021, o que representa um crescimento de 11% para 16% na participação da
organização no total de unidades geradoras de energia solar instaladas no
Brasil para os próximos três anos.
A partir desta linha de crédito, o banco passa a oferecer financiamento
direto nas agências para pessoas físicas, jurídicas e produtores rurais, e não
mais apenas na financeira interna da instituição.
As taxas vão de 0,99% a 1,08%, dependendo da quantidade de parcelas
acordadas, valores que mudam para o produtor rural, que pode financiar a 1,12%
ao mês semestral ou anualmente, de acordo com o ano safra.
Embora o
Brasil seja reconhecido como um dos principais países com capacidade para geração fotovoltaica, ainda
produz pouco quando comparado com potências no assunto, como China e Espanha. Energia fotovoltaica: Transforme luz solar em
eletricidade
Segundo o banco, as taxas aplicadas são menores que as praticadas
atualmente, de 1,69% ao mês.
Neste contexto, o Santander obteve junto à Corporação Andina de Fomendo
(CAF), banco de desenvolvimento da América Latina US$ 100 milhões (cerca de R$
400 milhões) para o financiamento de equipamentos.
A estratégia de captação de recursos fora do país comprova uma tendência
do Santander em buscar parcerias para fomentar linhas internas ou com
propósitos muito específicos de crédito, como é o caso do projeto de energia
solar.
Ao longo dos últimos três anos, o Santander dobrou o número de sistemas
fotovoltaicos financiados anualmente e a previsão indicada é de que o ritmo
cresça mais veloz a partir desse segundo semestre de 2018.
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que a
energia solar corresponde a apenas 0,7% da matriz elétrica nacional, mas pode
ter um salto no número de instalações de 57 mil, em 2018, para 276 mil até
2021.
“Os indicadores mostram que o potencial de crescimento da energia
fotovoltaica no Brasil é imenso, e essa ampliação será fundamental para o
cumprimento dos compromissos assumidos pelo País no Acordo do Clima de Paris,
que incluem assegurar que os 45% de nossa matriz energética será composta por
fontes renováveis até 2030”, acrescenta a superintendente executiva de
sustentabilidade do banco, Karine Bueno.
Segundo ela, cerca de 60% do volume de negócios em geração de energia
solar está concentrado em pessoas jurídicas, enquanto o agronegócio desperta
atenção pelo potencial uso de fontes renováveis no campo.
Segundo os dirigentes, o payback do cliente pode ser de quatro a sete
anos: “após esse período, o cliente continua a usufruir dos benefícios e da
economia proporcionados pela energia solar durante toda a vida útil do
equipamento, que é superior a 25 anos, com baixo custo de frequência e
manutenção”, reiterou Bueno.
Fonte: Exame
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