A Prefeitura de São Luís foi autuada ontem à tarde pelo Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) por devastar uma área de mata fechada pertencente a microbacia do rio Calhau, em frente à Estação Ecológica do Rangedor, às margens da Avenida Luis Eduardo Magalhães (ao lado da Assembleia Legislativa).
Tenente e moradores observam devastação feita pela prefeitura |
Há um mês funcionários de uma empresa terceirizada contratada pela Semosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) cortam a mata.
A prefeitura pretende construir no local o hospital de emegência prometido ainda durante a campanha pelo prefeito João Castelo (PSDB).
Érica Nogueira mostra olho d'água dentro da área desmatada |
O homem identificado João Pierre Filho, da empresa terceirizada, foi autuado pelos guardas do batalhão. O BPA exigiu uma licença ambiental para derrubada da mata, que não foi apresentada. Foram apreendidos três foices, um machado e um facão com os devastadores.
Os policiais deram cinco dias para a apresentação da documentação. “A prefeitura tem uma Secretaria de Meio Ambiente que poderia perfeitamente cuidar dessa questão. Até lá, qualquer intervenção nessa área está vetada”, disse o tenente Vera Cruz.
Parte de área devastada fica à margem da Avenida Luis E. Magalhães |
A ambientalista Érica Nogueria disse que o procurador da República Alexandre Soares expediu documento à Sema (Secretaria do Meio Ambiente) no sentido de ser criada uma undidade de conservação ecológica, espécie de extensão do Sítio Rangedor. A área pertence a particulares.
“É um absurdo a prefeitura querer construir um hospital nessa região onde sequer passa linha regular de ônibus. Essa obra vai terminar de matar o rio Calhau e várias espécie de animais e plantas que sobrevivem desse ecossistema”, disse ela.
Moradora mostra vitórias-régias que crescem em olhos d'água no local |
Devastação ameaça macacos que vêm comer na mão dos moradores |
O local é habitato também por tatus, raposas, siricoras e vários tipos de borboletas |
Fonte: Décio Sá
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